- Uma aventura, por um traçado
diferente de si mesmo, com cenários de encher o olho.
Posso adiantar desde já, que
apesar das poucas provas que tenho até ao momento, esta é das minhas eleitas.
Desde a organização, o percurso multifacetado, os “pirilampos de pó”, as sandes
de porco no espeto, ao pastel de nata … Mas já lá vamos!
Após a minha estreia nos 10KM no inicio de Maio, fiquei com água na
boca por mais.
E foi mais. Foram 12KM no total, mais 2KM que na estreia, e mais longe da minha localidade (cerca de 40 min. de carro).
E foi mais. Foram 12KM no total, mais 2KM que na estreia, e mais longe da minha localidade (cerca de 40 min. de carro).
Em relação à lesão que me fez a
vida negra, após a prova RunCambra continuei a
treinar com cautela, no entanto voltou ao mesmo, obrigando a parar cerca de 1
semana. Recuperei a tempo para esta prova, mas voltei a levar a meia elástica
por precaução, felizmente pela última vez.
Estava programada para as 21h30
no Sábado de 04 de Junho. Tinha a tarde toda para poder preparar-me. Decidi ir
durante a tarde levantar os dorsais, e ver o que se preparava para a noite, e
conhecer um pouco do percurso.
A organização já tinha grande parte da logística concluída. O levantar dos dorsais ocorreu sem problemas e com boa simpatia à mistura de quem lá estava.
Final da tarde, quero ir com
tempo e aquecer devidamente. Eramos um grupo grande, por isso juntamo-nos atempadamente
para irmos com calma. Chegado ao local viam-se poucas pessoas, que cheguei a
desconfiar que iria ser um fiasco em número de participantes. Quando dei por
mim, estava rodeado de algumas centenas de pessoas, e aí sim, começava a festa.
Aquecimento feito, siga para a partida. Foi das partidas mais engraçadas que
tive, tendo em conta o anoitecer, as luzes dos frontais, e o pôr de sol que se
avistava no mar. E assim temos os ingredientes para uma salada de fruta
fantástica!
- Partida, largada, fugida!
A partida foi escolhida num local que só por si já valia a inscrição,
junto à praia. Agora juntem a excelente temperatura que estava naquela noite, e
bota dar um mergulho. - Era bom não era?
Largada feita a ritmo lento, como é normal, para quem começa a
meio. Tento sempre evitar ser um obstáculo para quem corre a melhor ritmo que o
meu.
Fugida é feita sempre que encontro um espaço entre os atletas, para
evitar acidentes. Iniciamos em estrada e rapidamente nos afastamos da praia. E
eu a pensar que já estavam a estragar a paisagem que teríamos do pôr do sol.
Ainda bem que me enganei. A
imagem não é das melhores, mas foi o melhor que consegui encontrar de forma a
mostrar aquilo que aos poucos acabávamos por deixar para trás.
Rapidamente o pôr do sol, passou
a fazer parte da memória, mas siga para frente que temos outros bons momentos,
ou pensei eu que sim! Assim continuamos percorrendo um misto de terra e areia. Seguimos
sempre junto ao mar, passando por uma zona de bares junto a uma outra praia.
Esta prova teve a particularidade de passar por 3 praias diferentes.
- “Eu bem me parecia!”
Como tinha já mencionado, durante
a tarde fui levantar os dorsais e ver um pouco do percurso que iríamos fazer.
Qual é o meu espanto quando vejo tudo o que me parecia ser sinalizações para a
corrida. A má situação disto tudo, é que essas sinalizações vinham de um local
que era no meio do mato, onde só tinha areia.
Tinham avisado que iriamos ter
areia e mato. O mato era o menor dos meus problemas, o problema era correr na
areia. Ainda fiquei eu e um amigo, a pensar que poderíamos estar enganados, e que
as grades poderiam estar ali, por algum outro motivo que não a prova.
Mais uma vez enganei-me! Foi
sensivelmente perto de 2KM seguidos a percorrer em areia no meio do mato. Ora
isto foi uma pequena demonstração de Trail. O trajecto que seguia paralelo ao
que pareceu ser um parque de campismo, era desgastante e incerto. As laterais
do percurso pareciam ser o melhor sitio para correr, pois tinha um piso mais
duro e firme, em contrapartida tinha bastantes troncos, que obrigavam o dobro
da atenção e o dobro do cuidado, o trilho por completo tinha bastante areia que
enterrava os pés. A melhor zona que se podia correr minimamente, era no centro onde
tinha do género de umas ervas e cujo piso era mais duro e firme, mas era onde
toda gente seguia. Isto tudo a adicionem em pequenas doses algumas subidas e
descidas, e temos uma boa lavagem de suor.
Como é óbvio era um grupo grande a
correr sobre areia, acabando por originar poeira no ar, que era inalada e/ou engolida,
tornando a garganta seca. Como a tropa manda desenrascar, e lá teve que ser, à
melhor maneira que consegui lá me safei.
Finalmente após
algum tempo de areia, saímos e temos ao 5º KM o primeiro ponto de
abastecimento em conjunto com bombeiros, para o caso de ser necessário (bem
visto pela organização, após o percurso da areia bem desgastante).
E que bem que soube
aquela água. A parte pior acho que estava feita, agora faltava voltar tudo para
trás, mas por um percurso diferente.
Desta vez já não
havia areia, pelo menos no terreno. Agora temos um misto de asfalto com
passadiço, uma ciclovia para peões e bicicletas.
Memorizei bem esta
parte por dois motivos engraçados. Ora estamos em horário de verão, anoitece
mais tarde, no entanto já deviam ser mais ou menos 22 horas por esta altura, e
se olhássemos em direcção ao mar, víamos ainda um vermelho no céu do pôr do
sol, dando a sensação que o sol ainda se avista à beira mar.
Para além disto
havia um efeito engraçado entre os frontais e o ar. Sim o ar que íamos atravessando.
Correndo nesta ciclovia, vamos junto ao mato, que também tem alguma areia, o
que fazia existir também alguma poeira, no entanto em muito menor quantidade.
Com os frontais a
reflectir nestes pontos de poeira que víamos no ar, fazia um efeito muito
engraçado, ficando a sensação de termos pirilampos à nossa volta.
É tudo muito bonito,
gostava de continuar a apreciar a paisagem e tal, mas temos que seguir a nossa
vida, e então continuamos até ao KM 8 onde estava o 2º abastecimento que naquela
noite soube-me bastante bem. Acho que já mencionei que estava uma noite quente!
Ainda atravessamos
algumas estradas, que estavam cortadas ao trânsito. KM 9 chegamos novamente a Esmoriz,
desta vez perto de zonas de habitação, onde já existia apoio dos locais.
Aqui já sabendo que
estou a chegar ao final da prova, começo a tentar um ritmo crescente que até
consegui manter.
Daqui para a frente
foi sempre junto de casas, saindo apenas para correr junto a uma
linha ferroviária.
Já perto do final
entramos no estádio de Esmoriz, com uma recepção fantástica. Temos algumas
pessoas a gritar por nós com bombos à mistura. Atravessamos assim pelo relvado,
e estamos quase na meta.
E assim foi, após 59
min. concluo os meus 12 KM. Excelente recepção, bastante apoio por parte de
todos os que naquela noite decidiram ter uma noite diferente e ir dar apoio. Após
cruzar a meta entregam a medalha, a água, e um pastel de nata. Para além
disto ainda tivemos direito a sandes de porco no espeto e bebida.
Acho que para 1º
prova estiveram muito bem. Não tenho nada a reclamar, mesmo com areia, torna o
percurso diferente e encarar de outra maneira, tornando mais exigente. Uma
experiência a repetir já na 2º edição.
Até lá, Esmoriz Night Race!
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