sexta-feira, 19 de maio de 2017

Corrida do Dia do Pai

Já em ressaca do Trail do Sicó, ao qual fiquei rendido e terei que obrigatoriamente voltar, regresso à estrada. Vou intercalando, assim não me esqueço de como é.
Já considerada uma prova mítica no Porto, a Corrida do Dia do Pai, que esteve para ser a minha estreia em provas no ano passado, ficou adiada para este ano.



Nova invasão da equipa do Vale, desta vez no Porto, junto ao parque da Cidade. Aquando a nossa chegada já se previa que iria ser prova para encher as ruas e não deu como falhar. Não fossem os cerca de 4.000 atletas a correr 10 KM, fora a caminhada com mais participantes.
Devido à nossa chegada com alguma antecedência, foi bom para aproveitarmos para andar com calmas e aquecer em modos.
Por diversas vezes tentei antever a prova e prever o tempo que conseguiria fazer, ou aproximar-me de algum tempo em concreto. Estas previsões quase sempre não bateram certo, acabando sempre por alguma coisa correr mal inesperadamente. Para contrariar esta tentativa de bruxaria falhada, optei por ir à vontade e logo se via no que dava. Foi a melhor coisa que fiz.

Partida!
O tempo ajudou bastante, bastantes nuvens, abafando o sol. Temperatura um pouco fresca, mas nada demais. Se com o frio aquecemos, com o sol assamos, por isso estava tudo bem.
Como já é habitual nas provas desta organização, o arranque é feito a horas. Posicionei-me razoavelmente bem na partida, apenas com um atraso de cerca de 30 segundos de diferença dos primeiros.
O 1º quilómetro é feito com alguma confusão, normal, mas facilmente o pessoal acaba por dispersar. As estradas são bastante largas, o que facilita a ultrapassagem. Inicialmente segui com um ritmo mais baixo, não quis forçar como tem sido o meu habitual para as ultrapassagens, e tendo em conta o espaço que havia não era necessário o fazer. Aos poucos fui aumentando a velocidade, até manter um ritmo certo, o meu ritmo.

Largura mais que suficiente
Os primeiros 5 quilómetros são os mais interessantes com vista sobre a praia, e onde temos o maior apoio durante toda a prova (sem falar da partida e da meta, claro).
Feito em grande parte em plano, e com um primeiro retorno no quilómetro 3, estava a ver a minha vida a correr bem.
Felizmente os retornos já não me afectam como o faziam, e optei por me distrair a ver quem ainda vinha atrás de mim. Fui procurando caras conhecidas e dando apoio para continuar.
Quando dei por mim, estava a fazer ritmos mais altos que estava previsto.
Isto está a correr bem melhor do que estava à espera. Facilmente consigo chegar ao fim e fazer um bom tempo.


1º retorno
- Vamos lá, tu consegues!
Encarei assim os restantes 5 quilómetros. Numa zona em que se inicia uma longa recta, com ligeira inclinação, meti uma abaixo e aqui vamos nós. Chegado ao fim dessa recta, temos o 2º e último retorno, e descemos um pouco, que deu para alargar a passada.
Quilómetro 8, estava quase a chegar ao fim, e vai ser aqui que vou começar a aumentar um pouco o ritmo. Um pouco de plano, última subida, mais curta, mas mais inclinada, nem isso me fez abrandar. Acho que naquele momento me sentia o Hulk da estrada, eheh.


Último quilómetro e temos a descida até à meta. Siga dar-lhe gás. Este foi a única parte que errei durante toda a prova, entusiasmo a mais dá nisto. Esqueci-me que a meta era um pouco mais à frente do que a partida, e comecei a forçar cedo demais, o que já perto da meta me fez suar mais um pouco.
Mas nada disso interessa, cheguei ao fim, consegui fazer sem problemas e ainda por cima, fiz novo recorde pessoal. 00:42:28 foi o meu tempo de chip ao fim de 10 KM.
Assim até pareceu fácil, mas ainda suei. Aconselho a quem quiser fazer tempos, que é uma boa prova para o fazer. Claro que o tempo ajudou, mas tendo em conta o percurso em si, acaba também por ser um bom exercício psicológico, para quem tiver problemas com retornos e longas rectas.

Muito provavelmente, será uma prova a repetir.

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