Já em
ressaca do Trail do Sicó, ao qual fiquei rendido e terei que obrigatoriamente
voltar, regresso à estrada. Vou intercalando, assim não me
esqueço de como é.
Já
considerada uma prova mítica no Porto, a Corrida do Dia do Pai, que esteve para
ser a minha estreia em provas no ano passado, ficou adiada para este ano.
Nova
invasão da equipa do Vale, desta vez no Porto, junto ao parque da Cidade. Aquando a
nossa chegada já se previa que iria ser prova para encher as ruas e não deu
como falhar. Não fossem os cerca de 4.000 atletas a correr 10 KM, fora a
caminhada com mais participantes.
Devido
à nossa chegada com alguma antecedência, foi bom para aproveitarmos para andar
com calmas e aquecer em modos.
Por
diversas vezes tentei antever a prova e prever o tempo que conseguiria fazer,
ou aproximar-me de algum tempo em concreto. Estas previsões quase sempre não
bateram certo, acabando sempre por alguma coisa correr mal inesperadamente.
Para contrariar esta tentativa de bruxaria falhada, optei por ir à vontade e logo se via no que dava. Foi a
melhor coisa que fiz.
Partida! |
O
tempo ajudou bastante, bastantes nuvens, abafando o sol. Temperatura um pouco
fresca, mas nada demais. Se com o frio aquecemos, com o sol assamos, por isso estava tudo bem.
Como
já é habitual nas provas desta organização, o arranque é feito a horas. Posicionei-me
razoavelmente bem na partida, apenas com um atraso de cerca de 30 segundos de
diferença dos primeiros.
O 1º
quilómetro é feito com alguma confusão, normal, mas facilmente o pessoal acaba
por dispersar. As estradas são bastante largas, o que facilita a ultrapassagem.
Inicialmente segui com um ritmo mais baixo, não quis forçar como tem sido o meu
habitual para as ultrapassagens, e tendo em conta o espaço que havia não era
necessário o fazer. Aos poucos fui aumentando a velocidade, até manter um ritmo
certo, o meu ritmo.
Largura mais que suficiente |
Os
primeiros 5 quilómetros são os mais interessantes com vista sobre a praia, e
onde temos o maior apoio durante toda a prova (sem falar da partida e da meta,
claro).
Feito
em grande parte em plano, e com um primeiro retorno no quilómetro 3, estava a
ver a minha vida a correr bem.
Felizmente
os retornos já não me afectam como o faziam, e optei por me distrair a ver quem
ainda vinha atrás de mim. Fui procurando caras conhecidas e dando apoio para
continuar.
Quando
dei por mim, estava a fazer ritmos mais altos que estava previsto.
Isto
está a correr bem melhor do que estava à espera. Facilmente consigo chegar ao
fim e fazer um bom tempo.
1º retorno |
Encarei
assim os restantes 5 quilómetros. Numa zona em que se inicia uma longa recta,
com ligeira inclinação, meti uma abaixo e aqui vamos nós. Chegado ao fim dessa
recta, temos o 2º e último retorno, e descemos um pouco, que deu para alargar a
passada.
Quilómetro
8, estava quase a chegar ao fim, e vai ser aqui que vou começar a aumentar um
pouco o ritmo. Um pouco de plano, última subida, mais curta, mas mais
inclinada, nem isso me fez abrandar. Acho que naquele momento me sentia o Hulk
da estrada, eheh.
Último
quilómetro e temos a descida até à meta. Siga dar-lhe gás. Este foi a única
parte que errei durante toda a prova, entusiasmo a mais dá nisto. Esqueci-me
que a meta era um pouco mais à frente do que a partida, e comecei a forçar cedo
demais, o que já perto da meta me fez suar mais um pouco.
Mas
nada disso interessa, cheguei ao fim, consegui fazer sem problemas e ainda por
cima, fiz novo recorde pessoal. 00:42:28 foi o meu tempo de chip ao fim de 10
KM.
Assim
até pareceu fácil, mas ainda suei. Aconselho a quem quiser fazer tempos, que é
uma boa prova para o fazer. Claro que o tempo ajudou, mas tendo em conta o
percurso em si, acaba também por ser um bom exercício psicológico, para quem
tiver problemas com retornos e longas rectas.
Muito
provavelmente, será uma prova a repetir.
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