terça-feira, 6 de junho de 2017

RunCambra 2017


Um ano passou e a minha estreia em provas foi precisamente aqui, no RunCambra.
Obrigatoriamente teria que voltar a repetir, e desta vez fazer bem melhor tempo.
De todas as provas de 10 KM que já fiz, posso afirmar que esta é das mais duras, senão a mais dura. Um percurso com bastante inclinação, e quando pensamos que tudo irá melhorar, aparece mais uma subida. Um verdadeiro quebra ossos.
Para não falhar nada, e repetir a prova na integra, tive que contrair nova lesão. Felizmente consegui recuperar a tempo da prova, apesar de não estar a 100%.
Ainda tive tempo para treinar o percurso mais que 1 vez, e relembrar os sítios que podia e/ou não podia esticar.

Dia da prova e tudo pronto para mais um dia de corrida, chuva no dia anterior, mas no dia … - Porra! Outra vez um calor abrasador. Estes gajos querem-me matar só pode.
Toca a hidratar bem, aquecer bem e vamos para o arranque que já está em cima da hora.
Bem na frente da partida, tudo vedetas com camisola manga cava e eu de manga curta para fazer a diferença. Partida dada a horas e vamos lá.

"Olha para o que eu digo, e não para aquilo que eu faço."
Este proverbio assenta que nem uma luva para a prova que eu fiz.
Estava com excesso de confiança e correu mal. Nos treinos que tinha feito, sabia exactamente que no inicio não poderia puxar muito que logo de seguida iria empenar.
Avisei alguns amigos, e qual é a coisa qual é ela, que o senhor atleta fez no arranque? O senhor atleta acelerou. E o que se sucede mais à frente? O senhor atleta abrandou.
Um belo dia de calor, e a saber quais os sítios que podia puxar e não puxar, e faz tudo ao contrário. Está o caldo entornado. Agora desenrasca-te. E ainda falta chegar ao 6º quilómetro que é onde há o maior empeno. E sabias que tinhas que guardar energia para fazeres essa parte. Mas pronto, adiante.


Percurso idêntico ao do ano anterior, modificado apenas numa parte que não afectava em nada, e apesar do calor, fiz até ao quilómetro 5 num ritmo que não deveria ter feito. Até ali, as subidas e descidas são a palavra de ordem. E quando temos uma bruta de uma descida, onde toda gente depois de beber uma água fresquinha e aproveita o lanço para recuperar ao mesmo tempo pensamos que o pior já estava.
Pois bem, meus amigos, o RunCambra iria começar.
Depois de já alguns quilómetros acumulados, numa recta sem fim à vista a palavra de ordem é subir.
Já sabia que quando ali chegasse os problemas poderiam surgir se não fizesse uma boa gestão, e como não a fiz levei nas pernas. Recta feita, siga descer novamente, e acelerar até ao final que já não fazes um bom tempo como fizeste nos treinos. Mania de achares que és o Rocky Balboa.
Perto da meta, queria impor o ritmo que conseguia colocar no treino, bem abaixo dos 4 min/KM, mas nada. Valeu-me um amigo conseguir apanhar-me e puxar por mim (obrigado senhor atleta), e assim conseguimos fazer o último sprint juntos. Até parecíamos uns quenianos.

Lamúrias à parte, consegui melhorar o tempo em comparação ao ano passado (também mau era). Terminei com 44 minutos, piorando em relação aos treinos que fazia em 42 minutos.


Quanto à organização corrigiu os problemas mais notórios do ano anterior.
Para além disso, e segundo eles, nos dias anteriores conseguiram lavar a estrada. Não fosse ter chovido. Já no dia, não conseguiram baixar a temperatura para um tempo bem mais ameno.
Acabei por ignorar esse erro, não fosse a bela tenda à qual chamam “Sensation Zone”, onde tive oportunidade de degustar das iguarias da terra. Já as conhecia, mas vale sempre a pena relembrar.


Para o ano é que vai ser!