O mês
de Outubro, foi mês para uso e abuso das pernas e de uma boa dose de suadelas.
No
fim de semana seguinte a uma estreia nos 21 KM de estrada, continuamos, mas com
metade dos quilómetros, 10 para ser exacto.
Desta
vez, encarei esta prova com um objectivo de competição individual para tentar
melhorar a minha marca de 10 KM, sendo os 40 minutos o meu objectivo, ou lá
perto.
Ao
contrário da meia maratona de Ovar, tratei da logística toda, e sabia o que ia
fazer muita estrada em linha recta e alguns retornos. O psicológico estava
preparado para isso, principalmente depois da “lavagem” que tinha levado no
Domingo anterior.
Reunimos
a equipa que já se tinha reunido noutras provas, juntamos mais alguns elementos
e fomos para mais uma boa dose de diversão no asfalto.
Chegando
ao local, e alguns últimos pormenores, vamos para a partida. Chegamos cedo, deu
para andar com calma. Estava bastante frio, apenas ao sol se conseguia estar
minimamente em condições, apesar que dentro de pouco tempo iriamos estar a
assar. Fiz o meu aquecimento, e de seguida juntamo-nos aos restantes atletas
que ali estavam a aquecer ao som da música e ajuda dos entendidos na matéria.
Já
não se sentia o frio, o ambiente era bom, e vamos para a partida que já se
encontra bastante preenchido, o que nos obriga a ficar a meio com muita gente
pela frente.
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Excelente dia para correr, não? |
Após
o sinal de partida, temos um inicio a percorrer paralelamente à praia de
Espinho, num longo percurso em linha recta. Sabia que me podia prejudicar mais
para a frente, mas como é meu costume, acelero um pouco mais neste arranque
para poder dispersar-me um pouco de toda a confusão inicial. Felizmente o
aquecimento que fiz, ajudou-me bastante para poder dar aquele impulso que
normalmente me quebra ao fim de pouco tempo. Tenho que começar a colocar-me
mais à frente no pelotão.
Fiz
os 3 primeiros quilómetros com bom tempo, e quis baixar um pouco o ritmo. Sabia
que iam começar os retornos e ligeiras subidas, e na perto do quilometro 8 atacava
novamente aumentando o meu ritmo.
Após
uma subida com um final um pouco penoso, temos o 1º e 2º retorno. Isto tudo
numa recta só, aliás, se há coisa que esta prova tem mais era rectas e
retornos.
Finalmente
no 5º quilómetro temos uma descida, onde consigo alargar um pouco o passo e
recuperar algum tempo perdido.
Já
perto do 6º quilómetro temos o abastecimento que me refrescou bastante.
Segundo
a minha logística, seria mais ou menos nesta parte que iriamos fazer uma recta
comprida e voltar para trás (mais um retorno) e depois era a descer até à meta.
Mal comecei a subir vejo os 1ºs atletas a vir em direcção contrária, e olhando
em frente vejo o fim do trajecto com uma rotunda. Ora se assim é, chego
facilmente à frente, penso eu. Estava a achar muito fácil, o meu sentido de
orientação andava mesmo avariado. Chegando à rotunda, é que se inicia a última
recta com direito a ida e volta. Colei-me a um outro atleta e fomos puxando um
pelo outro até ao retorno. Retorno esse que nunca mais chegava, de tanto
correr, pensei que se assim continuasse facilmente chegaríamos a Gaia.
Já
na volta, fui vendo os outros elementos da equipa, dando os últimos incentivos,
pois a meta estava próxima.
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Muitas rectas? |
Ao
longo da prova fui identificando o quilometro que ia, pelas placas colocadas ao
longo do percurso. Estava à espera de chegar ao quilometro 8 para dar novo
impulso ao meu ritmo para melhorar o meu tempo. Após o retorno estava bem
fisicamente e pronto para a última “martelada”, mas talvez por ir distraído a
ver quem passava não vi o placar, apenas quando cheguei ao quilometro 9 é que vi
que estava prestes a terminar.
Ao
ver este placar, acelerei o ritmo, mas já não foi a tempo de conseguir o objectivo
que pretendia. Ao fim de 44 minutos terminei mais uma prova de 10 KM, apesar de
tudo vi o lado positivo de tudo, porque acabei por não desmoralizar nos
retornos como já me aconteceu por diversas vezes.
Fica
para uma próxima!
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