terça-feira, 23 de maio de 2017

Free Trail - De Ferreira de Castro à Pedra Aguda

De forma a treinar em trilhos, aproveitei o evento organizado pelo Centro de Marcha e Corrida de Oliveira de Azeméis. Um Trail gratuito, que faria parte de um treino livre do grupo, e para quem mais quisesse participar. Já agora era pertinho de minha casa!
Que mais podia pedir?

Uma manhã que prometia tudo menos sol radiante e céu limpo, S. Pedro, acabou por nos facilitar a vida e chuva, nem vê-la.
Acreditem ou não, até ao dia de hoje em todas as provas que fiz, nunca apanhei molha. Apesar de até gostar de correr à chuva, ainda não foi desta que me encharquei todo, fora dos meus habituais treinos. Já nestes já o experimentei algumas vezes.

Mais que alguns!

Após um breve briefing, saudações, agradecimentos, bla bla bla, arrancamos.
Ou melhor, eu devia ter arrancado. Pus-me na conversa e lixei-me à brava. Fiquei para os últimos e a fase inicial era feita junto ao rio Caima, onde o piso era tudo menos liso com umas flores bonitas para enfeitar.
Se nos dias anteriores choveu que se fartou, e até antes 1 hora de começar manteve-se o mesmo cenário, e a potes, o piso estava completamente molhado e escorregadio. Piso esse que era nada mais nada menos que pedras enormes que o mínimo de descuido teríamos uma excelente medalha num dos tornozelos (pelo menos). Com um bocadinho de sorte até duas medalhas (ambos tornozelos).
Para evitar as pedras, tínhamos um enorme tubo de conduta de água, que a poderíamos atravessar. Era tudo uma questão de equilíbrio, ou uma queda aparatosa. Como era de esperar a conduta era escorregadia, mais uma boa oportunidade para levar várias medalhas, já que não era nenhuma prova competitiva.
Fora isto, como fiquei para trás, tive que ir a passo cerca de 2 a 3 quilómetros devido à quantidade de pessoal que ali se encontrava. E uma ultrapassagem naquele local, era uma forte possibilidade de queda.

Prova de Obstáculos?

Vista sobre o rio

Muita pedra, e as bonitas tubagens para passagem!
Resumindo, era uma parte engraçada de se fazer, mas de evitar pelo menos numa fase inicial. Também não havia grandes alternativas.
Apenas fica a dica para evitarem o trânsito. Ainda se ouviu algumas buzinas.

Concluída esta primeira fase, temos finalmente um estradão largo rolante.
Vamos lá aquecer a máquina. Após um pouco de corrida, trava a fundo que vem aí parede.
Já via alguns a caminhar, mas pensei que fosse apenas cansaço. Afinal era só uma estrada com um ângulo de inclinação um pouco esquisito.
Coitado dos carros que ali sobem, e coitado de mim.
Ainda passei por o meu primo que já me tem acompanhado noutras aventuras. Que ainda me deu uma indicação. “Poupa as pernas, lembra-te da próxima semana.” Lá tinha que ser. E mais não digo, não percam o próximo episódio.


Já no topo da subida, temos a entrada para os “Caminhos do Barbeito”, finalmente possível de esticar as pernas. E com uma vista fantástica, dou uma olhadela naquela que é a minha terra.
Uma particularidade desta prova, era começarmos em Oliveira de Azeméis, ir até Vale de Cambra e voltar a Oliveira de Azeméis. São vizinhos e lá se entendem bem.
Esta última subida aqueceu-me bem, maldito trânsito inicial. É para aprender a não ficar no paleio antes de arrancar.

Um pouco de Vale de Cambra, e as suas boas montanhas!
Não impus corrida rápida, porque sabia que vinha uma verdadeira subida que parecia que nunca mais acabava. Deu tempo para um outro primo meu, que juntou recentemente a estas andanças, se juntar a mim, e seguirmos até ao final juntos.

Quilómetro 7, e aí temos a famosa subida que tanto se vinha a falar. Eram 3 quilómetros seguidos, sempre a subir. Até aqui tudo bem, o problema era o piso.
Iniciou-se por um estradão em terra que se fazia minimamente bem, começam a surgir primeiras pedras pequenas soltas, mas dispersas. Também é fácil.
As pedras pequenas soltas, começam a juntar-se e aos poucos e deixam de ser pequenas. Já no último quilómetro temos o pior da subida. Se nos 2 primeiros quilómetros de subida, cansei-me mais do que o que até ali fizemos, este último até ao topo foi desgastante.
Uma inclinação sem fim à vista, com pedras enormes e escorregadias enterradas na terra. Obrigava a ter que por vezes saltar para poder avançar no terreno.

Para subir?
No fim tudo vale a pena. No topo chegamos a uma pequena aldeia (Janardo), mas com rápida passagem por duas ou 3 casas e voltamos a entrar no mato, para pouco mais à frente termos uma vista de se tirar o chapéu.

Claro que sim!
Registo feito com a minha Nikon ocular, vulgo olhos, e siga descer e obviamente correr.
Geralmente em estradões mais largos, pouco ou mesmo quase nada de single-tracks, no entanto alguns um pouco mais técnicos. Até ao final foi sempre a correr.




Ainda deu para ter um posto de abastecimento a meio, e no final.
Apenas fruta, mas como já disse, de graça não se pode pedir melhor.
Tirando a parte inicial, acabou por ser um percurso interessante, mostrando que também conseguimos tirar proveito dos nossos locais para se conseguir fazer excelentes provas.
Acabou por ser uma boa oportunidade para quem quis experimentar o Trail, e para quem já faz conhecer novos trilhos.
Bom esforço por parte da organização ao dar uma excelente manhã de trilhos ao pessoal todo.

S. Pedro acabou por não aguentar mais, e lá teve que dar a sua chuvada. Ainda se aguentou bem.

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